Uma carta de desabafo de uma
família tradicional da cidade, a família Rosa, foi lida ontem, na Sessão
Ordinária da Câmara, pelo vereador Jorge Eduardo Mascote. A carta foi entregue
pessoalmente ao parlamentar que cobrou do executivo uma força tarefa para
preservar a baía da Ilha Grande e, principalmente, garantir o direito de ir e
vir das pessoas que vivem nas ilhas e sobrevivem do turismo.
Em um trecho da carta,
digitalizada em 3 folhas de papel ofício, a comerciante Paula Rosa, falou do
descaso das autoridades com os moradores que vivem do turismo. “Os turistas
chegam em saveiros e barcos. Uma multidão,
invade as praias com isopor, drogas, depredam os nossos
estabelecimentos, nos ameaçam e vão embora deixando lixo, prejuízo, terror e
muito medo” . Ainda de acordo com ela, tantas foram as vezes que foi impedida de abrir o restaurante e, em alguns
episódios, os fregueses que aguardavam ser servidos, cancelavam os pedidos e
iam embora, por causa da quantidade de pessoas que vinham em direção ao
estabelecimento fazendo uso de palavras de baixo calão. Indignada, a
comerciante pede a Câmara de vereadores, através do mandato de Mascote, que
cobre das autoridades um choque de ordem.
“É lamentável, uma moradora de
Angra, que paga seus impostos, passar por uma situação como essa. Ao ponto de colocar
a cara, arriscando sua própria vida. Faço um pedido ao executivo, polícias,
Capitania que através de uma força tarefa passam a coibir esse vandalismo” –
disse Mascote, acrescentando que na reunião de Comissão de Educação, Cultura e
Esporte, ontem, pela manhã, o presidente da Turisangra, Carlos Henrique Carloni, falou ao vivo sobre o
problema da falta de fiscalização das praias do município. Explicando que a falta
de recursos financeiros e humanos e planejamento anual colocam em risco o
trabalho de fiscalização. Outro ponto citado por ele foi a
cobrança da taxa de R$ 30 ( trinta reais) para ônibus de turismo entrar na
cidade.