Foi aprovado por unanimidade, nesta terça-feira,
dia 23 de outubro, em Sessão Ordinária do Legislativo, o projeto de Lei 144/2012, de autoria do vereador Jorge Eduardo Mascote, com parecer favorável
da Comissão de Justiça desta Casa (172/2012).
O projeto garante a implantação de uma usina para
resíduos sólidos e o monitoramento das águas da baía da Ilha Grande por
satélites. O documento será encaminhado ao executivo municipal. “Estou muito
feliz com a aprovação deste projeto que vai solucionar dois grandes problemas
enfrentados pela população e pelo município que é um destino final para os
resíduos sólidos evitando a degradação ambiental e o monitoramento da nossa
baía” – disse Mascote, acrescentando que espera que o executivo olhe com bons
olhos o projeto.
Um dos motivos que levou Mascote a debruçar sobre
este mega projeto, foi a criação de uma Lei Federal que determina a extinção de
todos os lixões do Brasil a partir de 2014 e Angra que tem apenas o lixão do
Ariró, que está saturado, até então não tinha uma alternativa para solucionar o
antigo problema enfrentado pelo município e, principalmente, pelos moradores do
bairro Ariró. A reclamação do mau cheiro e moscas no local é constante em seu
gabinete.
O pontapé inicial para que o projeto fosse
aprovado, foi dado em agosto deste ano, quando o vereador Jorge Eduardo
Mascote, realizou uma audiência pública, para que a população pudesse
participar das discussões que visam dar um destino ao lixo, garantindo a
sustentabilidade do solo e o monitoramento ambiental da baía da Ilha Grande.
Técnicos, ambientalistas e pessoas interessadas na
preservação do meio ambiente, lotaram o plenário da Câmara, na Audiência
Pública, “Angra Sustentável”. Na ocasião, Mascote sugeriu a implantação da
Usina Verde – que visa transformar o lixo doméstico em energia renovavável.
Os engenheiros químicos da Usina Verde, Jorge Pesce e Cecília Souza, presentes a audiência, palestraram sobre a importância de uma usina
de incineração. Segundo eles a tecnologia contribui para evitar a contaminação
do solo com os gases emitidos pelo lixo, além de evitar que parte dele seja levada
pelas águas da chuva para os rios, mares e lagos, poluindo o meio ambiente.
Esse tipo de tecnologia é implantado pela iniciativa privada e leva em média cerca
de quatro meses para ser instalada.
Quanto ao monitoramento da baía da
Ilha Grande, o técnico ambiental do IED BIG, Teodoro Megalomatides, mostrou a
população como funcionariam as boias de monitoramento das águas. Segundo ele, essa
tecnologia pode analisar traços de óleo combustível na água e traços de
radiação no ar. O sistema é monitorado por robôs ROVs com capacidade de
analisar a integridade de oleodutos e outras estruturas que estejam submersas. Todo
acompanhamento será feito via satélite que fornecerá diariamente, uma análise
da composição química das águas possibilitando a verificação da poluição.
Haverá ainda, embarcações autônomas, controladas à distância, capazes de
monitorar, de perto, a atividade dos navios de cruzeiro e empresas instaladas
na cidade, evitando o despejo de esgotos, manchas de óleo e radiação nas águas.
O sistema contará com uma moderna sala de monitoramento com disponibilidade de
todas as informações para os órgãos ambientais instalados no município. Este
sistema leva cerca de uma semana para entrar em funcionamento.
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