A Baía da Ilha Grande será a primeira baía do mundo totalmente
monitorada por sistema eletrônico. O que vai garantir um maior controle dos
órgãos ambientais nas atividades industriais e marítimas desenvolvidas no
município de Angra dos Reis, além de proteger a única baía ainda preservada no
país. É o que espera o vereador Jorge Eduardo Mascote, autor do
projeto de Lei 144/2012 que foi á plenário na última sessão do semestre,
quinta-feira, dia 28 de junho.
O projeto determina nova metodologia para o aproveitamento dos resíduos
sólidos e águas residuárias para a cogeração de energia elétrica. A tecnologia
para este fim já existe e está implantada na UFRJ. Trata-se da USINA VERDE –
cuja tecnologia 100% brasileira é capaz de gerar energia elétrica por meio do
processo de queima de resíduos sólidos. O custo para os cofres públicos, é zero.
“O sistema nos dará a competência para o amplo gerenciamento das condições ambientais de nossa baía. Servirá de parâmetro para observarmos as atividades industriais que estão implantadas em contato com suas águas, em especial para validarmos a ampliação do terminal da TRANSPETRO- TEBIG e as operações da ELETRONUCLEAR. Temos o perfeito sistema de contingenciamento e mitigação de acidentes ambientais.” Afirmou Mascote.
A implantação dará por meio de parceria pública privada onde o vencedor do
processo licitatório, tem o credito disponibilizado pelo BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social).
No mesmo projeto de lei, o vereador institui a obrigatoriedade do
monitoramento ambiental da Baía da Ilha Grande, por meio da implantação de
sistema integrado biológico e eletrônico. O sistema já foi apresentado por
consultores ambientais e, hoje, se encontra à disposição do instituto de Eco
Desenvolvimento da Baía da Ilha Grande – IED BIG, situado na vila da Petrobrás.
Como funcionará o sistema?
O sistema é composto por boias capazes de fazer análises em tempo real
das condições bioquímicas da água e transmiti-las de forma autônoma via
satélite para uma moderna sala de contingenciamento. As boias podem analisar
traços de óleo combustível na água e de radiação no ar. Compõe-se, ainda, de
robôs ROVs com capacidade de analisar a integridade de oleodutos e outras
estruturas que estejam submersas.
O sistema conta com alarmes para vazamento de óleos e monitoramento via
satélite, em tempo real, de toda a baía, capaz de detectar traços de óleo e de
outros agentes químicos contaminantes na água.
Com apoio das embarcações autônomas controladas à distância, será
possível monitorar a atividade dos navios de cruzeiro e embarcações de turismo evitando
o despejo de esgotos nas águas da baía da Ilha Grande. Todas as informações
chegarão até a sala de monitoramento que disponibilizará para os órgãos ambientais instalados no município.
“Eu espero que este projeto de Lei seja sancionado pelo executivo ainda
este ano”- finalizou Mascote.
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