sexta-feira, 29 de junho de 2012

Baía da Ilha Grande será a primeira do mundo monitorada por sistema eletrônico


A Baía da Ilha Grande será a primeira baía do mundo totalmente monitorada por sistema eletrônico. O que vai garantir um maior controle dos órgãos ambientais nas atividades industriais e marítimas desenvolvidas no município de Angra dos Reis, além de proteger a única baía ainda preservada no país.  É o que espera o vereador Jorge Eduardo Mascote, autor do projeto de Lei 144/2012 que foi á plenário na última sessão do semestre, quinta-feira, dia 28 de junho.
O projeto determina nova metodologia para o aproveitamento dos resíduos sólidos e águas residuárias para a cogeração de energia elétrica. A tecnologia para este fim já existe e está implantada na UFRJ. Trata-se da USINA VERDE – cuja tecnologia 100% brasileira é capaz de gerar energia elétrica por meio do processo de queima de resíduos sólidos. O custo para os cofres públicos, é zero. 
“O sistema nos dará a competência para o amplo gerenciamento das condições ambientais de nossa baía. Servirá de parâmetro para observarmos as atividades industriais que estão implantadas em contato com suas águas, em especial para validarmos a ampliação do terminal da TRANSPETRO- TEBIG e as operações da ELETRONUCLEAR. Temos o perfeito sistema de contingenciamento e mitigação de acidentes ambientais.” Afirmou Mascote.
A implantação dará por meio de parceria pública privada onde o vencedor do processo licitatório, tem o credito disponibilizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
No mesmo projeto de lei, o vereador institui a obrigatoriedade do monitoramento ambiental da Baía da Ilha Grande, por meio da implantação de sistema integrado biológico e eletrônico. O sistema já foi apresentado por consultores ambientais e, hoje, se encontra à disposição do instituto de Eco Desenvolvimento da Baía da Ilha Grande – IED BIG, situado na vila da Petrobrás.

Como funcionará o sistema?

O sistema é composto por boias capazes de fazer análises em tempo real das condições bioquímicas da água e transmiti-las de forma autônoma via satélite para uma moderna sala de contingenciamento. As boias podem analisar traços de óleo combustível na água e de radiação no ar. Compõe-se, ainda, de robôs ROVs com capacidade de analisar a integridade de oleodutos e outras estruturas que estejam submersas.
O sistema conta com alarmes para vazamento de óleos e monitoramento via satélite, em tempo real, de toda a baía, capaz de detectar traços de óleo e de outros agentes químicos contaminantes na água.
Com apoio das embarcações autônomas controladas à distância, será possível monitorar a atividade dos navios de cruzeiro e embarcações de turismo evitando o despejo de esgotos nas águas da baía da Ilha Grande. Todas as informações chegarão até a sala de monitoramento que disponibilizará para os órgãos ambientais instalados no município.
“Eu espero que este projeto de Lei seja sancionado pelo executivo ainda este ano”- finalizou Mascote.

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